Blog do Sanco |
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UM Blogueiro Resgata a história do Motociclismo Gaúcho nos anos 70 e 80Leandro Sanco - Porto Alegre - RS - http://blogdosanco.blogspot.com/search/label/Motovelocidade Terça-feira, 22 de junho de 2010Há 35 anos
Aos poucos o blog do amigo
Ronaldo Nique
começa a mostrar raras e belas imagens de sua passagem
pelas pistas. Há poucos dias nos presenteou com um vídeo da
prova onde conquistou sua primeira vitória em Tarumã, no
distante 1975. Legal demais. Gostei da trilha, Nique!
http://ronaldonique.blogspot.com/
Quinta-feira, 29 de outubro de 2009Alexandre Suedbrack
Me escreve o Caranguejo com os seguintes dizeres:
"Pra não dizer que não falo de motos, um herói pouco conhecido: o gaúcho Alexandre Suedbrack, vencedor da lª Etapa do Brasileiro de Motociclismo em 1978, em Tarumã, na Classe 350 Especial, a principal da Motovelocidade de então, derrotando os melhores, como Denisio Cararini, Claudio Girotto, Marco Greco e Antonio Bernardo N°."
O Suedbrack seguido participa do programa Bate Roda na
Band AM 640. Dizem que ele foi um dos melhores nas
motocas.
Fonte da imagem: revista Auto Esporte - arquivo Henrique Mércio. Sexta-feira, 14 de agosto de 2009Agora, as motocas.
Na última semana, o Mário Estivalét nos presenteou com
algumas imagens do autódromo de Tarumã nos anos 70 e 80. Um
dos posts foi todo preparado com o material da primeira
apresentação da Fórmula 2 Sul-Americana em solo brasileiro
em 1982. Na programação correram ainda a turma da Turismo
5000 e as motos. Só faltava um registro das motocas. Agora
não falta mais, pois o próprio Mário conseguiu e enviou,
junto com outros clicks feitos provavelmente no mesmo dia.
Fala, Mário.
"Leandro, Viva!!!! Realmente eu tinha uma, só uma, só umazinha foto da prova de motos. Está anexa. Não tenho a menor ideia de quem estava correndo. Só como curiosidade estou mandando duas fotos de carros em Tarumã. Uma é de uma Puma 68/69, uma das primeiras (quatro cantos do para-brisas quadrados, sinaleira de Fissore), já modificada. Eu sabia de quem era este carro, mas com o passar das décadas, realmente esqueci. O outro é um Interlagos todo modificado, em 1982, provavelmente no mesmo dia da prova do Sul-Americano. Mecânica VW. O dono deste carro morava na rua Fernando Abbott, no Passo D´Areia, e acredite: tinha mais uns dois ou três carros modificados igual, só sem a tomada de ar. Me lembro de um azul e de um verde, todos com mecânica VW, hoje um crime!!!!! Um grande abraço, Mário Estivalét" Pesquisando nos arquivos, encontrei a lista de inscritos da prova das motos. Era a Copa Lee 125 cc. Vejam os nomes e tentem identificar os pilotos da imagem. Aproveitando o assunto, já que o pessoal comentou do carro do "Pimentinha" da Fórmula 2, que parecia uma Ligier, segue aí uma imagem dele, ao lado do Polar do Ronaldo Ely em Guaporé, que não sei se já tinha publicado antes. Se já, não é problema, pois é sempre legal ver esses carros de novo. Quarta-feira, 10 de junho de 200924h de Interlagos de 1975 - de moto
Vocês lembram dessa motoca? Era a Yamaha do Paulo "Arara"
Araújo, que naquela prova fez dupla com o Délio Marodin (não
sei de onde era) nas 24 Horas de Interlagos de 1975.
Pois faz pouco que o pessoal do blog Interlagos Antigo publicou esse vídeo sobre a prova. Na verdade são quatro vídeos - aproximadamente uns 35 minutos pelos quase 8 km do circuito paulistano. Em um deles encontrei a #35 dos já citados pilotos. Falei neles há algum tempo. Essa moto já foi personagem de um dos desafios aqui do blog. Muito legal esse resgate. Vale a pena conferir. Sábado, 25 de abril de 2009Nas duas e quatro rodas
O número do kart pode até ter atrapalhado um pouco, mas o
pessoal matou a charada do último Desafio. Era mesmo a Maria
Cristina Rosito, uma fera em todas as modalidades em que
disputou.
Aquela imagem era de 1981, mesmo ano no qual ainda corria nas motos. Na imagem abaixo, também de 81, ela segue à frente, provavelmente de João Luiz Goytacaz.
Já falei dela aqui outras vezes. Procurem nos Marcadores
que encontrarão.
Fonte das imagem: revista Pódium Graphic.
Sábado, 25 de outubro de 2008Pra matar os "veinho" de saudade
Como bem falou o Júlio Cordeiro, lá de Floripa, essas
imagens do Nique são para matar a saudade de um tempo de
grandes pegas nas motocas aqui no estado.
Aí vão mais uma penca delas, começando em 1979 na 125 cc Especial, mostrando também um pódio com Atílio Manzoli e David Hilgert.
Quarta-feira, 22 de outubro de 2008As botas brancas e a moto destruída pelo fogo
Todo piloto, mesmo o dos bons, sempre tem um ídolo, ou outro
piloto que serve como fonte de inspiração. O Ronaldo Nique
admirava muito o venezuelano Johnny Cecotto, campeão mundial
nos anos 70. A inspiração se dava em pequenos detalhes. Como
as botas, por exemplo.
"O Cecotto usava botas brancas. Se ele usava, eu tinha de usar também, por isso eu mesmo pintei as minhas de branco, como as dele", me disse ele. Vejam abaixo.
Aproveitando o assunto, e já que estamos em 1979, o Luiz Borgmann lembrou que nesse ano aconteceu um acidente com o Nique, no qual a sua moto foi consumida pelo fogo. Foi mais ou menos assim que aconteceu: Na segunda volta da segunda bateria da categoria 125cc, Ronaldo Nique entra mal na curva do Laço e cai. A moto #53 da equipe Motozuki, arrasta alguns metros e incendeia. Nique liderava a prova e enquanto sua máquina era destruída, protestava desesperado contra os organizadores da prova, pela deficiência e má localização dos extintores de incêndio. Nique tinha demonstrado, ao completar a primeira volta, que estava decidido a recuperar a liderança perdida para Rubem Di Giácomo, Yamaha #96 da Equipe Unificado, na primeira bateria. Mas, logo após ultrapassar Di Giácomo, Nique não conseguiu fazer o câmbio ("a caixa trancou", diria ele mais tarde) e com a roda presa ele entrou na curva do Laço. Caiu e com o atrito, incendiou a gasolina. O sinalizador correu com um extintor, que o próprio Nique tentou usar, mas em vão. Em seguida outros sinalizadores chegaram ao local, carregando cinco extintores de 25 kg, em uma camioneta e até mesmo moto. Mas foi tarde demais, não conseguiram evitar a destruição total da máquina. Nique ficou segurando o extintor que, segundo ele, estava vazio. E desesperado, anunciava que iria processar os organizadores. Ele chegou a levar o extintor que marcava que estava vazio, sem ter sido usado, como prova do seu desespero.
A moto, por incrível que pareça, foi recuperada e com ela, Nique conquistou o título gaúcho daquele ano. Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique. Terça-feira, 21 de outubro de 2008Correndo no limite
Recentemente contei um pouco sobre a trejatória do Ronaldo
Nique aqui no Blog. Tudo o que publiquei foi resultado de
uma pesquisa feita nos arquivos pessoais. Foi possível ter
apenas uma idéia e, é claro, nada se compara a estar ao lado
de um cara como ele e ouvir seus "causos", enquanto se vê
seus álbuns de fotografias, que qualquer pessoa que já
acelerou um dia, tem muito bem guardado.
Como falei no último sábado, tive a chance de fazer uma visita à oficina dele e ficamos conversando - eu mais ouvindo - algum tempo. Ao começar a ver o primeiro álbum, apareceram as fotos do seu ano de estréia, 1975, e ele logo tratou de contar como foi a sua primeira participação nas competições. Ronaldo, então com 17 anos, foi acompanhar um amigo até Lageado e assistir uma prova de motocross. Havia vagas para pilotos estreantes e entusiasmado pelos amigos, resolveu se inscrever com uma moto emprestada. Resultado: chegou em casa com o troféu do primeiro colocado e a motivação para continuar. Foi o quarto na geral. Quando se inscreveu para uma etapa do gaúcho de motovelocidade, uma semana depois, esbarrou na idade: faltava-lhe a autorização do pai, que só permitiu o cross, por julgá-lo menos perigoso. Mas a vontade de Nique era disputar velocidade. Assim não teve outra alternativa: no documento assinado e reconhecido pelo pai, ele tratou de acrescentar uma frase a mais que lhe garantia a presença. É claro que Ibraim Gonçalves, na época Presidente da Federação Gaúcha de Automobilismo, já sabia da manobra, mas diante da insistência e da vontado do guri, cedeu. No seu estilo bastante agressivo, porém, ele apavorou todo mundo nos treinos de sábado, em Tarumã. Uma reunião foi organizada. Resultado: Nique havia sido suspenso antes mesmo de estrear. No domingo, enquanto todos os pilotos se preparavam para a largada, Nique aguardava, sem ser notado pela direção da prova, junto aos boxes. Dada a largada, ele ligou a moto, mas viu que a saída dos boxes estava fechada. O jeito, então, foi acessar a pista pela entrada dos boxes (!). Ele deu a volta e ainda passou pelas costas do Ibraim que acabara de dar a bandeirada da largada. O piloto saiu alucinado com sua moto e rapidamente alcançou os demais concorrentes, passando na primeira volta numa incrível segunda posição (!!). O motor da moto era um foguete, mas a inexperiência do jovem piloto, não considerou que um "canhão" daqueles não aguentaria muito. Correndo as primeiras voltas no limite, o motor quebrou logo em seguida e o piloto sabia que não poderia aparecer nos boxes. O jeito então foi encostar na curva do Tala, onde alguns amigos ergueram as cercas para que ele e a moto passassem por baixo. O Ibraim estava furioso com o piloto e sabendo da quebra, entrou com seu Fusca na pista e ficou dando voltas procurando o "fugitivo". Ele me disse que ainda hoje, quando os dois se encontram dão boas risadas sobre esse episódio. Abaixo uma série de imagens, gentilmente cedidas pelo próprio Nique. Elas estão em ordem cronológica e começo com o ano de estréia, encerrando em 1979. A última mostra um protótipo da categoria 125 cc Especial, que utilizava peças de motos Honda, Yamaha e Suzuki, construído por "Nenê" Lobato, mecânico que o acompanhou em toda a sua carreira nas duas rodas. Com essa moto, Nique registrou o recorde para as 125 cc em Tarumã, com o tempo de 1min23s3, mesmo tempo obtido pelo piloto Otávio Miller.
Assim que possível, mais histórias do Ronaldo Nique. Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique. Sábado, 18 de outubro de 2008"Arara"
O último Desafio trouxe uma imagem da prova 24 Horas de
Interlagos de 1975. O piloto em questão era mesmo o Paulo
"Arara" Araújo, que naquela prova fez dupla com o Délio
Marodin. Alguns falaram que ele dividiu a pilotagem nessa
prova com o Ronaldo Nique, mas isso aconteceu em 1976,
quando eles chegaram em 7º, com uma Yamaha RD 350.
As únicas informações da prova de 75 são de que foi vencida por Nivanor Bernardi e Takashi Uchida, após 376 voltas, 20 a mais do que em 74. "Arara" e Marodin, apesar dos problemas surgidos no decorrer da prova, entre eles a falta de gasolina, alcançaram boa colocação. Os pilotos competiram pela Equipe Motoryama - Cia União de Seguros, e colaboração total da Castrol, que assistiu as motos com abastecimento de óleo. Fiquei sabendo que o "Arara" ultimamente andava por Florianópolis. Talvez o Júlio Cordeiro, amigo do Blog, que mora na ilha, saiba do seu paradeiro. Não sei mais nada sobre ele, apenas que foi um dos bons nas duas rodas. Aproveitando o assunto, ontem fui bater um papo com o Ronaldo Nique, que fez dupla com o "Arara" na prova de 1976, conforme alguns blogueiros falaram. Achei um registro daquela prova em um site muito bom, que se não me engano, já divulguei aqui, o motosclassicas70. Não percam. A dupla concluiu a prova em um excelente 7º lugar, entre 55 motos que largaram. Foi a primeira participação do Ronaldo Nique em Interlagos. Ele havia dado apenas umas quatro voltas no treino para reconhecer a pista e a moto, e ficou definido que ele largaria para se entrosar com o ambiente antes que chegasse a noite (a largada foi às 16:00). Apesar da moto ter demorado a pegar na largada e do Nique ter escapado de alguns acidentes (ele inclusive atropelou um dos concorrentes que estava caído na Curva do Sol), ele foi escolhido o 10º melhor piloto da prova e o "Arara" o 6º, entre os mais de 100 pilotos, em um ranking elaborado por uma revista especializada, provavelmente a Duas Rodas. A RD 350 era a moto com o menor motor da prova. A maioria tinha mais de 500 cilindradas. A vencedora, para se ter uma idéia, tinha 1000. Bom, não encontramos nenhuma imagem daquela prova, mas em compensação, o Nique me emprestou um álbum incrível, com uma boa parte de sua história nas duas e quatro rodas. Aos pouquinhos, vou tentar publicar algumas aqui para a apreciação de todos os amantes da velocidade. Como aperitivo, vai essa aí, mostrando três dos melhores que já correram nas motocas: #53 Nique, #5 David Hilgert e #7 Atílio Manzoli Jr em um pega no ano de 1980 em Tarumã. Maravilha, não acham? Fonte da imagem: arquivo Ronaldo Nique. Domingo, 12 de outubro de 2008terça-feira, 15 de julho de 2008Tio Pita Achei
mais uma do Pedro Mauro
Guzinski, o "Tio
Pita", como acabei de descobrir por sua sobrinha
Aline. Encontrei um registro de 1982, do Campeonato
Lee
de Velocidade, como era chamada a Fórmula Gaúcha 125cc,
que fora criada um ano antes. Quinta-feira, 3 de julho de 2008Pedro Mauro Guzinski
Recebi ontem a notícia do falecimento do motociclista Pedro
Mauro Guzinski. Reproduzo abaixo o texto que foi publicado
no jornal Zero Hora.
"A paixão por velocidade sobre duas rodas desde a infância fizeram de Pedro Mauro Guzinski um dos pilotos mais completos do Estado. Campeão gaúcho por 13 vezes, nas diferentes categorias nas quais competiu, Guzinski morreu no início da madrugada de ontem, vítima de ataque cardíaco. aos 53 anos, o piloto fazia tratamento para hipertensão e foi encontrado em frente a sua casa, em Cachoeirinha, quando tentava buscar socorro. Apesar da idade, Guzinski nunca deixou de lado a paixão pelas motos. Ele mantinha uma oficina em casa e competiu pela última vez no ano passado, em Santa Cruz do Sul, no Campeonato Gaúcho de Super Bike. O interesse surgiu quando ainda era criança, em corridas de ciclomotores com amigos na Avenida Ceará, em Porto Alegre, onde nasceu. Sua primeira participação oficial na motovelocidade foi em 1971. O piloto também tinha outros passatempos. Em Janeiro de 1990, em entrevista a Zero Hora, contou de suas aventuras velejando e voando de asa delta. Na época, explicou como se preparava para as competições de motovelocidade: - A preparação psicológica é fundamental antes de entrar na pista. Isto ajuda principalmente no domínio da moto, superando o medo e os riscos - disse o campeão experiente nas categorias Fórmula Gaúcha de 125 cilindradas e Copa RD 350. Desde que se casou pela primeira vez, Guzinski mudou-se para Cachoeirinha, onde trabalhava com pintura e manutenção de motos. Ele deixa a filha Maria Lua, 14 anos, os irmãos Reni, Ênio, Regina, Régis, Rogério, Maurício e Maria Isabel." Fiquei triste com a notícia. Desde o meu tempo de guri que me lembro que o nome dele era sempre sinônimo de vitória nas motos. Vi ele correr várias vezes e era nítido o entusiasmo com o qual ele fazia aquilo. Vou buscar algumas imagens para tentar fazer uma pequena homenagem a ele. Por enquanto fiquem com essa aí de 1988 com a moto com a qual competia na Fórmula Gaúcha. Fonte da imagem: jornal Esporte Motor Sábado, 17 de maio de 2008Mão na graxa
Na última Quarta falei sobre o livro "Loucos por
Velocidade", que registra a trajetória dos pilotos da cidade
de Encantado. Pois, conforme uma expressão muito utilizada
aqui no Blog, que diz que uma história puxa a outra, hoje
trago algumas imagens de um cara lá daquela cidade que
também deve ter muita história para contar. O nome dele
também consta do livro, porém as imagens que publicarei não.
Trata-se do Marcelo Cé, ex-piloto de Motocross, que já
apareceu por aqui naquela famosa história do Jorginho Cé
Moreira e o Corcel 79 numa participação da prova de
Estreantes e Novatos em 1980. De acordo com o Jorginho, o
Marcelo foi o cara que meteu a mão na graxa durante a
aventura.
Pois bem, recebi de alguns amigos dele umas imagens muito legais do tempo em que o Marcelo corria nas motocas. São da década de 80. Boa parte de 1981 e retratam algumas corridas disputadas pelo campeonato gaúcho de Motocross. Vamos às imagens:
Momento da inauguração da pista de Motocross de Encantado.
No grid (não havia gates) estavam motos RX 125, TT
125 e até CG 125! O Marcelo é o primeiro da direita para
esquerda, mas aparece meio encoberto por uma pessoa. Aqui quatro motos prontas para mais uma prova, carregadas
em um reboque, no centro de Encantado. Todas eram preparadas
pelo Luiz Cláudio Grando. A do Marcelo era a # 71.
Uma sequência mostrando o Marcelo (sempre com o # 71) em
meio aos adversários, que na época, além do pessoal de
Venâncio Aires, eram os encantadenses... ... Luiz Cláudio Grando, o Paulo Horn (irmão do Júlio
Horn, que nos anos 80 correu na Hot-Car e Brasileiro de
Marcas), Nédio Bagatini, Renato Abreu e Jorge Moreira (pai
do Jorginho Cé Moreira). Todos esses aparecem na imagem
acima, nesta ordem, da esquerda para a direita. O Marcelo
está na esquerda de camisa branca. Aqui uma imagem do Marcelo saltando com, ao que parece,
uma RX 125 (?!). O senhor de pé, ao lado do pneu é o Seu
Joarez, pai de um dos envolvidos nessa história toda. Finalizando com uma imagem de uma prova de
arrancada disputada na cidade. Sábado, 23 de fevereiro de 2008O pega das cinquentinhas
Há alguns dias recebi um e-mail do assíduo Julio Cordeiro,
que dizia o seguinte:
"Tudo bem aí? Aqui tudo bem. Dia desses publicaste uma foto do Perninha, o qual não tinha notícias há 30 anos. Nas poucas vezes que o encontrei, sempre levei uma boa impressão. O cara é muito simpático e comunicativo. Encontrei essa foto no fundo do baú. Está até amarelada. Nela aparecem, o #13 que eu não lembro o nome, o Perna no #99, e o #97 que sou eu. É uma etapa do campeonato gaúcho de motovelocidade, categoria 50cc, Standard." Achei um barato aquela imagem. E nunca tinha visto o Perna acelerando nas motocas. Não satisfeito, pedi ao Júlio que contasse um pouco como tinha surgido a idéia de se aventurar sobre as duas rodas. Então ele completou: "Vivia em Porto Alegre nas imediações da Cristóvão Colombo e Dr. Timóteo. Aos 11/12 anos eu fazia parte de uma turminha, que se reúne até hoje - e que já foram citados ou apareceram no seu blog, como o Paulo Gordinho e Rogério Kremer (ajudantes do Egon Herzfeldt) - e de tempos em tempos um inventava uma moda nova, para desespero dos pais. Tinha bicicross, carrinho de lomba, autorama, futebol, fumar escondido, assistir corridas em Tarumã e motocross em Novo Hamburgo, entre outras. Tudo isso permeado por revistas 4 Rodas, Autoesporte e Grand Prix, Ele e Ela e outras. Visitávamos com frequência as lojas e oficinas de moto, admirando os modelos da época, RDs, CBs, Suzukis, Gileras... Então, após alguns anos de muita aporrinhação, ganhei uma cinquentinha Yamaha SS, usada, mas muito inteirinha. Após um período de relativa calma com a 50, assisti uma corrida de moto em Tarumã e resolvi correr também. Mais aporrinhação pros pais. "Aliviamos" a 50, colocamos um numeral com fita isolante, #35, o mesmo do Paulo Araújo - piloto de TZ 350, que ao vê-lo em Tarumã, fez um acabamento com a mesma fita e falou que eu deveria "honrar aquele número". Essa corrida foi marcada por um belo pega com outro estreante. Disputávamos a penúltima posição, pois ninguém queria ser o último. O pega acabou num tombasso no Laço, na última volta. Após a estréia, meu principal adversário era o Ruben Di Giacomo, que chegou até as TZ. Nessa foto, estou com uma RD 50, preparada por Marquinho, que tinha uma oficina na rua Dr. Timóteo, e era uma espécie de "Foose do Overhauling" das motos. O cara pegava umas motos bem judiadas e as deixava novinhas. Essa cinquentinha andava na frente de todos por umas duas ou três voltas e depois começava a falhar.Corri também em Guaporé e em Rivera, no Uruguai, para onde as motos foram de trem e os pilotos e mecas de ônibus. Dessa época lembro de alguns pilotos, como o já citado Araújo, o Arara, da Motoryama, o Franco da Motozuki, o Nique da Motonda, o Atílio da Manlec, o Alexandre Sudbrack com uma R5 e ainda Watanabe, Shinke, Ratinho (que mora aqui em Floripa), Paulista, Riera e outros." Acho muito legal quando recebo e-mails ou ouço histórias de quem um dia já correu de carro, moto, kart. A imagem que o Júlio enviou é do dia 23 de Outubro de 1977. Há 30 anos. O Júlio hoje mora em Florianópolis e sempre que pode envia algum material de primeira para ser publicado. Abaixo o Júlio em ação e depois uma imagem de uma RD 50 de 1977, que desenvolvia pouco mais do que 6 HPs. Valeu, Júlio. O Blog está sempre aberto para receber e retransmitir tuas histórias na velocidade. Tomedi, avisa o Perna de que tu estavas certo. Ele também estava naquela imagem. Quinta-feira, 11 de outubro de 2007Ainda sobre duas rodas
Dia desses achei o site
motosclassicas70, muito bacana, que fala sobre motos e
corridas da década de 70, é claro. Entre todas as ótimas
matérias, uma fala de uma prova do Campeonato Brasileiro de
Motovelocidade que ocorreu em
Tarumã no dia 24 de Junho de 1979. Correram categorias
de 50cc, 125cc, 350 a 380cc, 350 Especial e 400 a 1300cc.
Na matéria, além de algumas imagens, aparecem os nomes do Cláudio Salgado, Pedro Luiz Rieira, Ronaldo Nique, Ruben Di Giacomo, Alexandre Birck e David Hilgert, pilotos gaúchos que participaram daquela prova. Recomendo! Em outra matéria no mesmo site, aparece o "Moronguinho", piloto gaúcho, várias vezes campeão no Motocross. Recebí um e-mail um dia, pedindo para falar sobre ele. Nesse site tem muita informação e vale a pena ler tudo. Quarta-feira, 10 de outubro de 2007Easy Rider
Semana passada publiquei uma imagem do Claúdio Salgado, em
1989, durante o Racing Show. Achei mais algumas das motos e
tenho certeza que muitos aí vão lembrar de alguma prova que
tenha assistido.
Já acompanhei muitas provas de motos. Gostava da Fórmula Gaúcha, motos de 125cc 2T bastante preparadas. Aquele cheiro característico do óleo 2T misturado ao combustível... Muitas imagens para matar a saudade.
Informações para contatoLorena Herte de Moraes
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