Fonte das imagens: arquivos Chris Iwers e Ricardo Lazzarotto.
sábado, 8 de junho de 2013
Ciclomotores
Fonte das imagens: arquivos Chris Iwers e Ricardo Lazzarotto.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Bota com B maiúsculo
"Tive o prazer e a honra de fotografar e conviver com o Nique. Bota com B maiúsculo, bem grande, em negrito. Acelerava de moto, de carro, de repente, até "de a pé". Nunca esqueço dos tempos em que ele era propagandista do Laboratório Aché e foi para Tarumã treinar, no horário de trabalho. Como acelerava um monte, acho que fez o melhor tempo ou algo semelhante. Não deu outra: saiu no jornal o seu feito. O chefe viu, não gostou e mandou o homem para a rua, se não estou enganado. Este retratista também trabalhou no ramo, por isso nunca esqueci.
Muita gente não sabe, mas enfrentou um seríssimo problema pessoal, com a esposa. Posso não estar contando direito, mas, em resumo, ela ficou anos a fio em estado de coma e ele, ao contrário do que muitos fariam, sempre ficou a seu lado. Informaram-me que costumava, a cada aniversário dela, contratar maquiadora, cabeleireira, manicure, para que a deixassem o mais bonita possível, para comemorar. Depois de anos, infelizmente acabou falecendo.
Eu, que já o admirava como piloto, ao saber disso, tornei-me seu admirador como pessoa, como homem de bem, uma raridade.
Há poucos meses o encontrei nas Ferramentas Gerais, acompanhado da filha adolescente, sinal de que também era excelente pai. A grande maioria vai viver a vida e esquece esposa, filhos,o que é mais cômodo.
A gente fica triste ao ver tanto corrupto, ladrão, gente da pior espécie esbanjando vida e morrendo de velho, ao passo que as pessoas boas são chamadas antes da hora, deixando um vazio em nossas vidas.
Agora, lá pelo Céu, deve estar havendo um baita reboliço. É até capaz de haver gente cometendo o pecado da inveja, porque, na primeira corrida que houver por lá, podem estar certos de que ele vai incomodar os outros botas que também já se foram. Só que a gente aqui não sabe em que canal transmitem as corridas de lá.
Como consolo, só nos resta espichar o olho, na Curva Um de Tarumã, esperando o 53 aparecer na liderança ou colado no líder, quem sabe até tentando uma ultrapassagem por fora, coisa que na Um, só tenta quem tem aquilo roxo. E coração e alma do tamanho do Universo".
Todas as imagens abaixo, que mostram o Nique em ação nas duas ou quatro rodas, ou no lugar mais alto do pódio, foram feitas pelo Vilsom. Elas estão nos arquivos do Nique e me foram emprestadas para digitalização em 2008.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
53
Grande figura, sempre brincalhão e querido por todos, vai deixar saudades. Nique dividiu seu vasto acervo fotográfico e inúmeras histórias com este blog que podem ser visualizados clicando aqui.
Fonte da imagem: arquivo Ronaldo Nique.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Alegria na Motovelocidade
"Há uma semana, nos entristecemos com a tragédia do Marco Simoncelli e durante a semana os notáveis do blog recordaram as mortes dos nossos pilotos Lucio Flávio Macedo, João Luis da Silva e Ricardo de Jesus. Mostrando que Motovelocidade não é só tristeza, no último domingo comemoramos o bicampeonato do Gaúcho de Alvorada, Maico Teixeira, bicampeão brasileiro da categoria Hornet 600, e que levantou o título correndo em casa no Velopark.
Abraço do Caranguejo"
Muito bem lembrado, Caranguejo. E parabéns ao Maico pela façanha!
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Triste fim de um campeão
21 de Agosto de 1983. Tarumã recebia mais uma prova do Campeonato Gaúcho de Motovelocidade. A Fórmula Gaúcha - 125 cc era a categoria com maior número de participantes e disputas. Grandes nomes da modalidade participavam da categoria, como Pedro Mauro Guzinski, Rogério Xavier, João Luiz Goytacaz, Maria Cristina Rosito, Ricardo de Jesus, Aldo Mates entre outros, além do campeão de 1982 Lúcio Flávio Macedo.
Assim como no GP da Malásia, o acidente envolveu três pilotos, mas por aqui dois deles não resistiram aos ferimentos, vindo a falecer: João Luís da Silva e o campeão Lúcio Flávio. O terceiro envolvido foi Alexandre Ilha.
Nas imagens abaixo, é possível ver ao fundo os pilotos João (esquerda), Alexandre (centro) e Lúcio (direita).
Aquele foi um dos dias mais tristes na história do Tarumã. O dia de ontem idem para a história do esporte a motor.
Fonte das imagens: jornal Zero Hora.
terça-feira, 8 de março de 2011
Motocas II
Sobre aquela da semana passada os pilotos eram o Henrique Iwers na moto #67, o Somis Manica "Chumbo" na #11 e o Horst Dierks na #21. O registro foi feito entre 1957 e 58. Fico devendo ainda a marca das motos, mas quando souber informo.
Fonte da imagem: arquivo Joel Schröder.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Motocas
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Navegando pela web...
Sei que naquele dia houve uma prova para motos vencida pelo uruguaio Carlos Cirintana, com uma Suzuki 500. Alguém lembra dessa motinho e desse piloto?
Fonte da imagem: arquivo Júlio Klafke.
sábado, 27 de novembro de 2010
Bibica
A resposta não era Nelson Piquet, mas sim, Aldo Mates, mais conhecido como "Bibica" no meio motociclistico. "Bibica", que deveria ser grande fã do Nelson, correu entre o final dos anos 70 e início dos 80.
Foi navegando pelo site do GP Gaúcho que encontrei os registros do piloto. Há duas semanas a Motovelocidade invadiu o Tarumã para a final do Campeonato Gaúcho em suas diversas classes e fui lá no site conferir os resultados. Foi naquela ocasião que o nosso querido "Perna" acelerou uma motoca na categoria Classic Bikes, que teve a vitória de outro fera, o "Bareta".
Entrei em contato com o pessoal do site e a Lorena de Moraes - que na época em que completou 18 anos comprou sua primeira moto, TT 125, na Casa Torpedo e foi para o Tarumã torcer pelo "Bareta" - gentilmente cedeu as fotos, com a colaboração do Alexandre Sampaio, para publicação por aqui.
Selecionei algumas. As demais podem ser vistas lá no próprio site do GP Gaúcho. A primeira logo abaixo fiz questão de publicar pois conheço o piloto da cinquentinha #97. Ele passa por aqui seguidamente e vai se identificar.
domingo, 21 de novembro de 2010
Desafio da Semana
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
De volta às pistas?
terça-feira, 22 de junho de 2010
Há 35 anos
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Alexandre Suedbrack
"Pra não dizer que não falo de motos, um herói pouco conhecido: o gaúcho Alexandre Suedbrack, vencedor da lª Etapa do Brasileiro de Motociclismo em 1978, em Tarumã, na Classe 350 Especial, a principal da Motovelocidade de então, derrotando os melhores, como Denisio Cararini, Claudio Girotto, Marco Greco e Antonio Bernardo N°."
Fonte da imagem: revista Auto Esporte - arquivo Henrique Mércio.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Agora, as motocas.
"Leandro, Viva!!!!
Realmente eu tinha uma, só uma, só umazinha foto da prova de motos. Está anexa. Não tenho a menor ideia de quem estava correndo.
Só como curiosidade estou mandando duas fotos de carros em Tarumã. Uma é de uma Puma 68/69, uma das primeiras (quatro cantos do para-brisas quadrados, sinaleira de Fissore), já modificada. Eu sabia de quem era este carro, mas com o passar das décadas, realmente esqueci. O outro é um Interlagos todo modificado, em 1982, provavelmente no mesmo dia da prova do Sul-Americano. Mecânica VW. O dono deste carro morava na rua Fernando Abbott, no Passo D´Areia, e acredite: tinha mais uns dois ou três carros modificados igual, só sem a tomada de ar. Me lembro de um azul e de um verde, todos com mecânica VW, hoje um crime!!!!!
Um grande abraço,
Mário Estivalét"
Pesquisando nos arquivos, encontrei a lista de inscritos da prova das motos. Era a Copa Lee 125 cc. Vejam os nomes e tentem identificar os pilotos da imagem.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
24h de Interlagos de 1975 - de moto
Pois faz pouco que o pessoal do blog Interlagos Antigo publicou esse vídeo sobre a prova. Na verdade são quatro vídeos - aproximadamente uns 35 minutos pelos quase 8 km do circuito paulistano. Em um deles encontrei a #35 dos já citados pilotos. Falei neles há algum tempo. Essa moto já foi personagem de um dos desafios aqui do blog.
Muito legal esse resgate. Vale a pena conferir.
sábado, 25 de abril de 2009
Nas duas e quatro rodas
Aquela imagem era de 1981, mesmo ano no qual ainda corria nas motos. Na imagem abaixo, também de 81, ela segue à frente, provavelmente de João Luiz Goytacaz.
sábado, 25 de outubro de 2008
Pra matar os "veinho" de saudade
Aí vão mais uma penca delas, começando em 1979 na 125 cc Especial, mostrando também um pódio com Atílio Manzoli e David Hilgert.
Agora umas com o rival dentro das pistas e amigo fora delas, Rubem Di Giacomo.
Mais uma de um pega entre Nique, Hilgert e Manzoli, em 1980.
Já estamos em 1984, na Fórmula Honda 400 com mais um pódio também, onde identifiquei o Guzinski e o Ricardo de Jesus. Quem são os outros?
Encerrando a série de imagens das motos, com essas aí embaixo da Copa RD 350 de 1986 em Tarumã.
Aproveitando o embalo, não foi difícil identificar o carro do Nique no último Desafio. Era realmente na Turismo Especial Gaúcho, ex-Divisão 3 e futura Hot Car. A idéia desse carro, preparado pelo "Diko" durou pouco, mas o suficiente para o piloto dar um show com sua pilotagem agressiva e irreverente.
Pretendo publicar várias imagens dos Chevettes do Nique na próxima semana.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
As botas brancas e a moto destruída pelo fogo
"O Cecotto usava botas brancas. Se ele usava, eu tinha de usar também, por isso eu mesmo pintei as minhas de branco, como as dele", me disse ele. Vejam abaixo.
Aproveitando o assunto, e já que estamos em 1979, o Luiz Borgmann lembrou que nesse ano aconteceu um acidente com o Nique, no qual a sua moto foi consumida pelo fogo. Foi mais ou menos assim que aconteceu:
Na segunda volta da segunda bateria da categoria 125cc, Ronaldo Nique entra mal na curva do Laço e cai. A moto #53 da equipe Motozuki, arrasta alguns metros e incendeia. Nique liderava a prova e enquanto sua máquina era destruída, protestava desesperado contra os organizadores da prova, pela deficiência e má localização dos extintores de incêndio.
Nique tinha demonstrado, ao completar a primeira volta, que estava decidido a recuperar a liderança perdida para Rubem Di Giácomo, Yamaha #96 da Equipe Unificado, na primeira bateria. Mas, logo após ultrapassar Di Giácomo, Nique não conseguiu fazer o câmbio ("a caixa trancou", diria ele mais tarde) e com a roda presa ele entrou na curva do Laço. Caiu e com o atrito, incendiou a gasolina. O sinalizador correu com um extintor, que o próprio Nique tentou usar, mas em vão.
Em seguida outros sinalizadores chegaram ao local, carregando cinco extintores de 25 kg, em uma camioneta e até mesmo moto. Mas foi tarde demais, não conseguiram evitar a destruição total da máquina. Nique ficou segurando o extintor que, segundo ele, estava vazio. E desesperado, anunciava que iria processar os organizadores. Ele chegou a levar o extintor que marcava que estava vazio, sem ter sido usado, como prova do seu desespero.
A moto, por incrível que pareça, foi recuperada e com ela, Nique conquistou o título gaúcho daquele ano.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Correndo no limite
Como falei no último sábado, tive a chance de fazer uma visita à oficina dele e ficamos conversando - eu mais ouvindo - algum tempo.
Ao começar a ver o primeiro álbum, apareceram as fotos do seu ano de estréia, 1975, e ele logo tratou de contar como foi a sua primeira participação nas competições.
Ronaldo, então com 17 anos, foi acompanhar um amigo até Lageado e assistir uma prova de motocross. Havia vagas para pilotos estreantes e entusiasmado pelos amigos, resolveu se inscrever com uma moto emprestada. Resultado: chegou em casa com o troféu do primeiro colocado e a motivação para continuar. Foi o quarto na geral.
Quando se inscreveu para uma etapa do gaúcho de motovelocidade, uma semana depois, esbarrou na idade: faltava-lhe a autorização do pai, que só permitiu o cross, por julgá-lo menos perigoso. Mas a vontade de Nique era disputar velocidade. Assim não teve outra alternativa: no documento assinado e reconhecido pelo pai, ele tratou de acrescentar uma frase a mais que lhe garantia a presença. É claro que Ibraim Gonçalves, na época Presidente da Federação Gaúcha de Automobilismo, já sabia da manobra, mas diante da insistência e da vontado do guri, cedeu.
No seu estilo bastante agressivo, porém, ele apavorou todo mundo nos treinos de sábado, em Tarumã. Uma reunião foi organizada. Resultado: Nique havia sido suspenso antes mesmo de estrear. No domingo, enquanto todos os pilotos se preparavam para a largada, Nique aguardava, sem ser notado pela direção da prova, junto aos boxes. Dada a largada, ele ligou a moto, mas viu que a saída dos boxes estava fechada. O jeito, então, foi acessar a pista pela entrada dos boxes (!). Ele deu a volta e ainda passou pelas costas do Ibraim que acabara de dar a bandeirada da largada. O piloto saiu alucinado com sua moto e rapidamente alcançou os demais concorrentes, passando na primeira volta numa incrível segunda posição (!!). O motor da moto era um foguete, mas a inexperiência do jovem piloto, não considerou que um "canhão" daqueles não aguentaria muito. Correndo as primeiras voltas no limite, o motor quebrou logo em seguida e o piloto sabia que não poderia aparecer nos boxes. O jeito então foi encostar na curva do Tala, onde alguns amigos ergueram as cercas para que ele e a moto passassem por baixo.
O Ibraim estava furioso com o piloto e sabendo da quebra, entrou com seu Fusca na pista e ficou dando voltas procurando o "fugitivo".
Ele me disse que ainda hoje, quando os dois se encontram dão boas risadas sobre esse episódio.
Abaixo uma série de imagens, gentilmente cedidas pelo próprio Nique. Elas estão em ordem cronológica e começo com o ano de estréia, encerrando em 1979. A última mostra um protótipo da categoria 125 cc Especial, que utilizava peças de motos Honda, Yamaha e Suzuki, construído por "Nenê" Lobato, mecânico que o acompanhou em toda a sua carreira nas duas rodas. Com essa moto, Nique registrou o recorde para as 125 cc em Tarumã, com o tempo de 1min23s3, mesmo tempo obtido pelo piloto Otávio Miller.
Assim que possível, mais histórias do Ronaldo Nique.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.